
Praticar o esquecimento, ou ao menos tentar. Começando por pensamentos, de todos os momentos, e sim, sempre vão começar pelos melhores, os mais fantásticos e alucinantes, depois a realidade, a verdadeira face, sim para o, esquecimento, vamos ter que começar a pesar, calcular e medir, do bom ao ruim, da dor a felicidade, da saudade ao esquecimento. Por hora lembrar-se dos momentos bons, não é bom, melhor deixar para daqui um tempo. Se a vontade é de fato, as medidas terão de ser drásticas, então serão. Depois de listado os momentos, começa a exclusão, número de celular, telefone, Messenger, e afins, todos os meios de comunicação fácil, já que pra bater na porta e dizer: Oi, estou aqui porque senti saudade; é tão mais difícil, até chegar a casa, ou ao local, dá tempo pra pensar e refletir e não agir por impulso. E pensando na possibilidade de ir e dizer que sinto saudade será que vai ser fácil esquecer? Não, não vai. Mas por mais árdua que seja a situação e concretização, vamos ao menos tentar ir até o final, e ver no que vai dar. Contendo-me em ser racional por momentos de pensar que um dia eu conseguiria isso. Mas a tal da realidade é que não se manda no que está aqui dentro, o coração, recheado de sentimentos, saudade e até dor. Por mais que se queira muito, não se consegue esquecer alguém que marcou a tua vida, e que deixou marcas e feridas cicatrizadas, ou não, a realidade é que se for pra esquecer, um dia, uma hora, sem pensar, sem ao menos lembrar, não vai mais estar aqui dentro, não vai mais se sentir. E exatamente isso, o que eu não estou sabendo, esperar, pois esse tempo demora, custa a passar, os minutos se estendem e parecem horas, demora, porque foi forte e envolveu sentimentos por sua vez fortes. Mas uma hora passa, e a ferida cicatriza.