sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ele, mais uma vez.


Meus dias tem sido entre altos e baixos, onde nem gráfico de cardíaco, oscila tanto. A dor é algo que já deveria ter passado, e não passa. Se eu deveria ter seguido em frente, foi o que tentei, mas não consegui. Continuo parada, congelada e anestesiada no passado, no que já deveria ter passado e não passou. As lembranças, por mais que queira que sejam esquecidas, é impossível. Tudo lembra, tudo faz lembrar. É o carro passando na rua, entrar na tabacaria e ver o chocolate que ele gosta, é ver um cachorro da mesma raça do dele, é ver uma roupa igual a dele, é alguém falar uma frase que ele falava, é ver tua melhor amiga falar do signo dela, que é o mesmo dele, é ver ele quando menos se espera. Ele tá por toda parte. Numa esquina e noutra também. Espalhado como se fosse ar, como se a falta dele fosse fatal. Já gritei e falei tudo o que tinha que falar, já conversei com as pessoas de todos os tipos de pensamentos, escutei conselhos, e muitos escutaram e me abraçaram durante o choro. E hoje eu sei, que eu posso conversar com o papá, com Chico, com Mãe Menininha, mas que ninguém vai poder fazer nada por mim, que eu vou ter que continuar agüentando tudo isso, todo esse sofrimento no osso do peito, agüentar a ardência dessa ferida que nunca sara. Não me conformo em isso não passar, não me conformo por não conseguir tirar e esquecer ele de todos os meu pensamentos. Tudo lembra, e quando lembra dói, machuca. É um ferimento que não cicatriza nunca. Não sei até onde vai, e até onde vou agüentar. E por causa disso, desse, me fechei pra balanço,sem mesmo perceber, não consigo me relacionar com ninguém. Me fechei dentro de um sentimento que nem recíproco ,é. Já tentei as técnicas mais toscas e mais inteligentes que a mim chegaram, tentei me apaixonar sem mesmo estar apaixonada, e até em comprar um cachorro, pra ver se ocupa minha cabeça, mas nada, nem ninguém consegue fazer com que isso seja eliminado. Onde eu to, ele tá, se não passando nas minhas fuças, tá na minha cabeça, que infelizmente faz lembrar dele a quase todo instante. Aqui estou eu mais uma vez lembrando dele, enquanto eu escrevo alguns trechos desse texto, mil coisas se passam pela minha cabeça, e a única que concluo, é que mais uma vez sem querer, eu estou pensando nele.