domingo, 27 de fevereiro de 2011

Não é como se pensa


Praticar o esquecimento, ou ao menos tentar. Começando por pensamentos, de todos os momentos, e sim, sempre vão começar pelos melhores, os mais fantásticos e alucinantes, depois a realidade, a verdadeira face, sim para o, esquecimento, vamos ter que começar a pesar, calcular e medir, do bom ao ruim, da dor a felicidade, da saudade ao esquecimento. Por hora lembrar-se dos momentos bons, não é bom, melhor deixar para daqui um tempo. Se a vontade é de fato, as medidas terão de ser drásticas, então serão. Depois de listado os momentos, começa a exclusão, número de celular, telefone, Messenger, e afins, todos os meios de comunicação fácil, já que pra bater na porta e dizer: Oi, estou aqui porque senti saudade; é tão mais difícil, até chegar a casa, ou ao local, dá tempo pra pensar e refletir e não agir por impulso. E pensando na possibilidade de ir e dizer que sinto saudade será que vai ser fácil esquecer? Não, não vai. Mas por mais árdua que seja a situação e concretização, vamos ao menos tentar ir até o final, e ver no que vai dar. Contendo-me em ser racional por momentos de pensar que um dia eu conseguiria isso. Mas a tal da realidade é que não se manda no que está aqui dentro, o coração, recheado de sentimentos, saudade e até dor. Por mais que se queira muito, não se consegue esquecer alguém que marcou a tua vida, e que deixou marcas e feridas cicatrizadas, ou não, a realidade é que se for pra esquecer, um dia, uma hora, sem pensar, sem ao menos lembrar, não vai mais estar aqui dentro, não vai mais se sentir. E exatamente isso, o que eu não estou sabendo, esperar, pois esse tempo demora, custa a passar, os minutos se estendem e parecem horas, demora, porque foi forte e envolveu sentimentos por sua vez fortes. Mas uma hora passa, e a ferida cicatriza.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O príncipe ou o sapo?


Qual mocinha, doce e sensível nunca sonhou com o, lindo e deslumbrante príncipe encantado? Por volta dos dez ou doze anos, sonharam que daqui uns aninhos iriam encontrar o amor da vida, aquele lindão, que nem o dos contos de fadas, novelas e seriado adolescentes. A resposta, a maioria. Com o passar do tempo, lentamente, se aproxima a realidade, de que o tal príncipe, talvez não seja príncipe e sim um sapo, gordo, papudo e feio, mas com um ótimo coração. O tempo passa, mas continuamos a sonhar com ele, o lindão, do seriado da TV, e que talvez venha montado em um cavalo branco. A feiúra do sapo é assustadora, mas o humor do príncipe é um terror. Aos poucos a idade vem chegando, e junto dela a tal realidade, o dia em que acordamos e descobrimos que, o príncipe não vem no cavalo branco, e que ele nem é tão perfeito quanto nos fizeram acreditar, e o sapo, nem é tão feio e papudo como achávamos, começamos a medir, pesar e calcular. O príncipe é aquele gurizinho da escola que todas as gurias achavam lindo, o sapo, por sua vez não era sapo, e sim patinho feio. Talvez o bonitão, o colírio dos olhos das mocinhas na escola, se torna um verdadeiro sapo, aquele homem sem assunto, sem cultura, com um gosto musical totalmente o oposto do meu, mas que seja qualquer coisa, mas que já não faz mais sentir aquela mesma coisa. E o sapo entra na jogada, ressurge todo inteligente, interessante, com um ótimo papo, com ótimas musicas, e vira a jogada, ele vira o príncipe, mas não um príncipe qualquer, um príncipe, esquisito,com um estilo totalmente oposto, e eu por vez nunca imaginara me interessar, mas como nunca gostei do normal, nunca tive medo de me arriscar, e somando tudo, toda uma esquisitice que deixa uma curiosidade vou entrando, nesse conto de fadas, onde o príncipe não é tão normal como no livro da cinderela, mas é tão interessante quanto. Hoje pensando, sinceramente, o sapo que não é tão clichê, e que ainda guarda mil mistérios por trás de uma face e estilo esquisito, me atrai muito mais.