quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Medo de quê?


E quando eu disse que tinha medo, e tu não acreditaste, eu estava dizendo a mais pura verdade, era aquilo que meu coração queria me mostrar naquele momento, simplesmente medo. Impossível pensar em medo em meio a tal euforia, mas foi o que eu senti, e expressei. Medo esse que até agora não sei do quê, e tampouco porque. E hoje, até penso que era para ter terminado com aquela conversa, antes mesmo dela começar, ou então não deixar ela tomar o rumo que tomou. Mas contigo falando tanta coisa, coisas que eu jamais imaginará ouvir de ti um dia, me dobrei, tu me dobraste, e deu no que deu, e eu por segundos perdi o medo. Mas eu deixei, e agora está feito, não tem como voltar atrás, não tem como mudar os fatos. Resolvi que não podia ter medo, já que tudo estava acontecendo como eu sempre quis. E o pior de tudo, é que, não esqueço aquele dia, de tantas palavras ditas, de tantas declarações inesperadas, de tantos sentimentos bons em um só momento. E ainda que eu queira esquecer, excluir, é impossível , pelo simples fato de já querer, antes de tudo isso acontecer. O medo veio como uma onda, rápida e sumiu, em meio a tanto sentimentos bons. Só que a onda de medo passou, sumiu, se fragmentou. Mas logo em seguida chegou outra, a onda do arrependimento, lenta, demorada, causando sofrimento. Quando percebi que tinha me atirado de um penhasco, em um mar ou sentimento tão profundo, e tão longe da areia para me salvar, ou sem um remédio para curar. Entrei em desespero. Me arrependi amargamente, tanto de ter perdido o medo que eu senti naquele momento, tanto como de ter me atirado e ter sido tão tola. Mas passou, e cá estou, viva, e com um pouquinho mais de experiência, e até uma leve dor, mas viva. Dizem que é desses erros que aprendemos, então estou aprendendo. Aprendendo a ser menos tola, impulsiva, menos corajosa e ao mesmo tempo menos medrosa. Já que esperei por tanto tempo por aquele momento, e foi só aquele, foi único, onde eu me atirei e nunca mais voltei.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ou não


Afirmando sempre que – vontade, dá e passa - Por toda a vida, este pouco tempo de vida, porém afirmando sempre. Ficava horas a pensar em como não pensar, em como não sentir, em como desligar, desativar, descarregar. Vontade eu tinha, mas não podia, então vinha a frase, pensamento de apoio. “dá e passa.” Não podia fazer todas as minhas vontades, não podia dar aquele passo tão perigoso e de risco. Primeiro por não depender só de mim, e segundo que passa. Ficava horas pensando que uma hora iria passar. Horas esperando a tal hora da passagem, do passa, e nada, sempre á esperar. Passa,e em algumas situações passa realmente, mas em outras, a tortura é diária. Todos os dias as mesmas coisas, os mesmos pensamentos, e a mesma vontade. Sozinha em um navio a beira do naufrágio , eu e a minha vontade, vontade essa que deveria passar e até hoje não passou. Vontade de ter, sentir, amar, e tudo mais. Vontade, apenas isso, vontade, acho também que não só vontade, mas falta de coragem também. Medo, medo de me arriscar e cair, medo de errar, á algum tempo atrás era errado, mas hoje não mais. Esperei tanto tempo ela passar, mas ela continua parada na minha frente, tentadora. Me fazendo pensar em fazer o que o meu coração quer, e o que a minha cabeça, o meu racional não. Tento manter um equilíbrio, quase impossível, me sinto em uma corda á trezentos metros de altura, com um milímetro de largura, e é quase impossível manter o equilíbrio. Em meio a pensamentos, quando me deparo com ela na minha frente, sempre tentadora, me seduz, mas não me cega e acaba sempre fazendo pensar e repensar.

Uma coisa que parece tão simples, mas que no fundo é tão complicado. Acabo por me acostumar com tal situação, com a presença dela em quase todos os meus dias, mas até hoje, até então tenho conseguido me equilibrar nessa corda bamba. Mas tá tão difícil, parece que a qualquer momento meu coração vai bater mais forte, minha perna vai ficar bamba e eu vou cair, despencar desta corda de um milímetro de largura, e fazer tudo que há anos eu tenho vontade. Vontade de me entregar, de sentir, de me atirar de cabeça sem saber o que tem embaixo, vontade de arriscar. Vontade essa que foi a unica que não passou, “ainda”. Uma hora, um dia, uma noite, uma tarde, com chuva, com sol, um dia essa vontade passa, ou não.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Inicio e fim


Tudo o que me atrai é complicado, e se não é eu complico. O fácil eu sem querer dificulto. O que me parece perfeito, eu coloco defeito. Tudo tem que ter um pouco de dificuldade, facilidade demais tira a graça, emoção. Mas também tem certas coisas que não precisamos dificultar, porque a dificuldade pode vir depois, mas os impulsos são mais fortes, sempre dificulto antes, antes de tudo começar eu começo a bisbilhotar, a achar todas as dificuldades, meu maior sofrimento é por antecipação. Sofro, fico me martirizando com aquilo, sem mesmo ter começado o espetáculo. Fico pensando no lado negativo, em todos os defeitos, em todas as dificuldades. Mudo todo o roteiro, coloco o inicio no final, e o final no inicio, e o meio eu esqueço. Não consigo fazer inicio, meio e fim. Nas minhas histórias ultimamente só existe o inicio e o fim. O meio, o bom, eu esqueço, porque sofro tanto por antecipação que não dá tempo, que quando chega no meio entro em transi, e acabo anulando o meio, a graça, o enredo, as aventuras estão no meio. Mas tenho tanta pressa que acabo deixando de lado o meio e sem querer pulo direto pro final, feliz ou sofrido, mas o final. No final eu já nem lembro as dificuldades, defeitos, complicações que eu mesma me apliquei, achei. Fiz tudo rodar e passar tão rápido que não dá tempo pra lembrar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sonhos


Com passos largos e firmes vou andando pela rua de um lugar verde, um lugar limpo, onde só existem pessoas boas, onde as pessoas apenas sorriem, um lugar extremamente lindo. Chega a parecer conto de fadas. Me sinto um extraterrestre, me sinto fora de órbita, parece surreal, parece que é de mentira. Vou andando entre os verdes deste lugar, e com um belo sorriso estampado no rosto, as pessoas me sorriem sempre, e eu também, um sorriso puro e sincero. Nesse lugar não existe maldade, não existe maus pensamentos.Diminuo o ritmo dos passos, afinal é tão bom andar naquele lugar que não se tem motivos para andar rápidos, os passos vão se suavizando, diminuo o passo para admirar o sorriso daquela gente feliz, daquela gente de paz, que transmite paz, daquela gente de bom coração. E não que eu não veja a felicidade, eu vejo sim, e sinto ela também. Mas é que naquele lugar é diferente, tem uma magia que eu sinto que contagia, já tinha comentado que parece conto de fadas, e parece mesmo. Qualquer um que caminha por aqueles caminhos criados pelo andar das pessoas. Um lugar que te traz paz, tranqüilidade, só sentimentos bons e serenos, uma calmaria absoluta. As pessoas não falam, apenas sorriem e te olham te transmitindo um sentimento tão bom. E eu continuo caminhando, e já que é tão bom caminhar neste lugar, continuo viajando e perambulando pelos meus sonhos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Prometo



Prometo parar de fumar, de beber, de dançar, de brincar.

Prometo, fumar, beber, dançar e brincar.

Prometo pensar, escrever e ler.

Prometo ser feliz, alegre, saudável.

Prometo chorar, sapatear e berrar.

Prometo para de chorar, de sapatear e berrar.

Prometo ser boa pessoa, amável, desejável.

A única coisa que não posso prometer, é algum dia te esquecer.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O tremor


Com os olhos baixos eu cuido todos os passos, todos os movimentos, com muita discrição para que não percebas.

Fico de longe te olhando, admirando, te cuidando.

Quando sei que andas por perto meu coração dispara, minhas mãos suam, fico nervosa, errada, sem saber pra que lado olhar, fico feliz, ao mesmo tempo com um medo, que até agora não entendi.

Mas no fundo eu me sinto feliz, sinto uma felicidade que é fora do normal.

Sinto uma ansiedade boa, chego a parecer uma adolescente, volto a ser criança, fico tão nervosa, que começo a tremer visivelmente, e se, se aproxima, dá pra perceber o nervosismo, o tremor.

Já não dá mais pra me enganar, já não dá mais pra brincar, acabei me apaixonando.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Chegou trazendo felicidade


Aos poucos nossos dias começam a deixar de ser cinzentos, e de leve vem se colorindo, vem brilhando, vem delicadamente suavizando aquele cinza e fazendo dele as cores mais vibrantes existentes, vem nos deixando alegres, vem amanhecendo mais cedo, fazendo nossos dias com mais duração, vem trazendo felicidade.

Quando ele chega sinto um alivio, me sinto leve, me sinto bem mais feliz, livre, meu coração bate mais forte, tudo me dá vontade, animo, é meio inexplicável.

Vem lindo, vem com um ar bom, um ar fresco.

Vem te fazendo sentir novas energias, vem nos deixando alegres, com vontade. Demorou mas chegou.

Chegou com um lindo sol, chegou com uma imensa vontade de fazer valer, chegou com vontade de ficar, chegou sorrindo.

Chega com uma alegria que não cabe, uma coisa boa, um sentimento bom - Ai quanta felicidade!

Quando ele chega, vamos desabrochando junto com as flores, nosso mundo começa a se colorir lentamente, vamos ficando alegres, vamos nos sentindo bem.

Quando chega me deixa mais feliz, me deixa com uma alegria que não cabe, ele sempre levanta qualquer astral, sempre consegue nos deixar bem. Vem com lindas flores, de todas as cores, vem trazendo paz.

Vem querendo ser feliz, vem querendo me deixar feliz- Setembro chegou!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Realmente, sexo frágil



Chego a conclusão que eles não aceitam o que nós pensamos, de jeito nenhum, eles sempre são os certos, os “espertos”. E os espertalhões acham que por sermos consideradas o sexo frágil, realmente por alguns momentos podemos parecer frágeis e bobinhas. Mas na na ni na na queridinhos.

Santas, bobinhas, mimosinhas, compreensíveis, as que eles acham que sempre vão dominar.

Eles os espertalhões, os fanfarrões, os super espertos, os “caras”, que chegam a se achar ninjas.

Nós amamos, sentimos, choramos, esperneamos , somos sentimentais.

Eles os durões, os que não sentem absolutamente nada, os que acham que dependemos deles. Que aliás é tudo farsa.

Nós as sentimentais, eles os inabaláveis.

A maioria deles usa a seguinte teoria, que é uma farsa, mas eles ainda acham que nos enganam, que vai uma e vem várias melhores.

Nós sempre quietinhas, comentando de canto de olho com as amigas, eles se achando muito espertos e falando com os amigos.

Nós quietas assistindo o show de esperteza que eles nos mostram, só esperando o tombo, a falha dos inteligentes. Eles fazem planos, estratégias inteligentes e se enredam tanto que saí até enredo pra samba de laje. Fazem, fazem , mas não adianta, sempre deixam aquela cordinha para puxarmos, eles jamais vão conseguir fazer o plano perfeito, pode demorar anos, mas eles não tem essa capacidade que nós temos, de fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Eles até podem nos convencer no começo, mas depois nós começamos a perceber, e eles começam a se enredar tanto que começamos a perceber que os que se acham tão espertos, não tem tanta esperteza quanto nós, as do sexo frágil.

Eles falam, olham, comentam, e nós ali assistindo.. Fazem mil e quinhentas estratégias, e se um dessa der certo é muito. Pelo simples fato como já disse, os espertalhões não tem a nossa capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo. E eles ainda tem a empáfia de nos achar bobas. Só rindo mesmo.

Mas o final, ah o final. É sempre o mesmo, depois de levar o chute do sexo frágil, eles vem dóceis feio cães adestrados, bajulam, agradam, ficam quietinhos, ficam feito cavalo de carroça, que só olha pra frente.

E aí, chega a hora de mostrar pra eles quem é que manda, e são elas, aqueles que eles acharam bobinhas e sensíveis.

Acabamos com toda a esperteza deles em dois tempos. E em quanto eles acham que comandam, nós já estamos com tudo arquitetado, tudo perfeitamente esquematizado. E sempre sem deixar a cordinha.

Eles podem aprontar várias vezes, mas o final é sempre o mesmo, nós no comando e eles os espertos sempre obedecendo.

E será que nós somos as bobas? (risos)

Logo penso, como é bom ser frágil, boba e sensível.